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Toda trabalhada na arte

dezembro 10, 2010

Eis que Elisa está toda trabalhada na artê. Está aprendendo na escola sobre os pintores e reproduz em casa vários conteúdos, traz referências e discute as “obras”. Sim, ela usa o termo “obras” para falar dos quadros. Tem demonstrado um interesse maior pelo Miró, de quem vive a comentar suas obras. Uma vez, em casa, ao invés de fazer um desenho convencional, ela reproduziu o quadro “Azul” dele, segundo ela, o seu “preferido”.

Acho lindo, mas meu conhecimento sobre artes é mais ou menos o mesmo sobre física quântica: NULO. E a baixinha tem me dado umas aulas sobre o assunto. No ano passado, chegou a comentar que gostava mais de Van Gogh do que do Cândido Portinari, porque o brasileiro só pintava “pássaros e plantas”.

Agora é a vez da Tarsila do Amaral. Elisa sabe tudo da vida dela: quando e onde nasceu, quem foram seus maridos, qual seu primeiro quadro, etc. Aí que esses dias, no carro, ela ia nos contando toda a história de vida da artista, até que comentou que, embora ela fosse surrealista, nem todas as obras dela eram. Diferente do Miró, claro, cujas obras todas são. E o Márcio, participativo, fingindo ter conhecimento no assunto: “Não? Achei que todas as obras dela fossem surrealistas”.

Elisa olha pra ele com um ar de reprovação e pergunta em tom irônico: “ô, Márciô, desde quando uma fazenda é surrealista, hein? HEIN?”.

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